The Ultimate Fighter 31 – ‘O último suspiro’

Ultimate tenta 'última cartada' para recuperar prestígio ao lendário reality show

Conor McGregor e Michael Chandler protagonizam o TUF 31. Foto: Reprodução/Instagram

No último sábado (04), o UFC anunciou Conor McGregor e Michael Chandler como treinadores da trigésima primeira edição do reality show ‘The Ultimate Fighter’. O programa que foi um dos responsáveis pelo ‘boom’ do MMA nos Estados Unidos e ao redor do mundo, vem perdendo cada vez mais audiência e interesse com o fã do esporte. A adição de dois dos atletas mais midiáticos da organização, pode ser considerado como um ‘último suspiro’ para a histórica atração.

Representantes do TUF 1 posam para foto. Foto: Reprodução/Instagram

Em janeiro de 2005, entrava no ar pelo canal norte-americano ‘Spike TV’, o reality show ‘The Ultimate Fighter’. O objetivo do programa era mostrar a realidade de treinos, dia-dia e corte de peso dos lutadores de MMA, um esporte até então, desconhecido por grande parte do público. Liderado pelas lendas Chuck Liddell e Randy Couture, que se enfrentariam ao final da temporada, a atração criou rivalidades e revelou um grande número de lutadores para o UFC.

Somente na primeira edição, foram revelados nomes como Josh Koscheck, Diego Sanchez, Kenny Florian, Chris Leben, Forrest Griffin e Stephan Bonnar. A rivalidade criada pelos treinadores também era um atrativo para o público que se aproximava e passava a conhecer o esporte e os nomes que em breve, estrelariam os grandes eventos do UFC.

A final do categoria dos meio-pesados (até 93kg) entre Stephan Bonnar e Forrest Griffin, é considerado um dos maiores e mais importantes duelos da história do MMA por ter ‘rompido a bolha’ e ter sido a apresentação do esporte para muitas pessoas, até então. Logo na sua primeira temporada, o programa se mostrou um sucesso e alcançou o seu objetivo de massificação e divulgação das artes marciais mistas.

Entretanto, ao longo dos anos, o formato do programa se mostrou desgastado e com o esporte já massificado ao redor do mundo, o principal objetivo do reality já havia sido alcançado. Porém, por diversos motivos, o Ultimate segue investindo na realização da atração anualmente.

A criação de outro reality, o ‘Dana White Contender Series’, também diminuiu a qualidade dos atletas que chegam ao The Ultimate Fighter. Lutadores muito talentosos são contratados de forma direta pelo UFC, alguns que precisam ser testados vão duelar no ‘Contender’ diante de Dana White por um contrato e o que sobra para o TUF não costuma render grandes prospectos para a empresa.

O maior exemplo de que o TUF não tem mais cumprido o papel de revelar grandes talentos, é a lista de últimos campeões do reality. Nomes como Nicco Montaño, Mike Trizano, Joe Gianetti, Juan Francisco Dieppa, Bryan Battle e Jesse Taylor não atraem fãs para comprarem ingressos ou sequer o pay-per-view para assistirem os eventos de casa.

O próprio UFC chegou a ‘reconhecer’ que o programa já não entregava a mesma audiência e ficou entre 2018 e 2021 sem produzir temporadas do reality, que retornou com o duelo de treinadores entre Alexander Volkanovski e Brian Ortega.

Em 2023, o UFC apela para o maior e mais midiático lutador de sua história (Conor McGregor) e conta com o ‘coadjuvante’ Michael Chandler na intenção de ‘ressuscitar’ a boa audiência do programa. Com dois atletas que costuma entregar entretenimento em suas entrevistas e declarações, o Ultimate espera que essa temporada não seja o ‘Último Suspiro’ da atração que colocou o MMA em outro patamar como esporte.

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