Irene Aldana pode até chocar o mundo, mas desfecho algum abalará o legado de Amanda Nunes no MMA

Mexicana tem o desafio mais duro da carreira em disputa de cinturão no sábado; campeã, por sua vez, ‘cumpre tabela’ em consagrada carreira no esporte

Amanda Nunes é duplo campeã no UFC. Foto: Reprodução/Instagram

Neste sábado (10), no UFC 289, Irene Aldana viverá situação oposta à rival Amanda Nunes. No Canadá para sua primeira disputa de cinturão no Ultimate, a mexicana busca chocar o mundo e tomar o título de uma das maiores lendas na história do MMA. Para a adversária da ‘Leoa’, todo respeito, mas um aviso: vencer não te tornará a melhor do mundo.

O que escrevo pode parecer duro, mas é a mais pura realidade. No papel, temos cenário semelhante ao de 2021 e 2022, quando Nunes subiu no octógono para medir forças com uma oponente que, nem de longe, parecia apresentar riscos.

É fato que, em 2021, o universo pregou uma peça nos amantes do MMA e fãs do talento de Amanda. A derrota para Julianna Peña, no entanto, não abalou a confiança nos que apostam no legado e competência da ‘baiana arretada’.

A confiança é tanta que, ao meu ver, Nunes ‘passaria o carro’ na revanche imediata, dada de forma acertada à brasileira. No segundo encontro, a pojucana desfilou talento no octógono e, ao longo de 25 minutos, massacrou a candidata a carrasco, que se mostrou inofensiva à melhor versão da tupiniquim.

No sábado, Aldana, obviamente, tem condições de repetir o feito de Peña. As chances, apesar de pequenas, existe, quando analisamos os riscos de um esporte que tem em sua história episódios marcantes e zebras inacreditáveis.

Mesmo que Irene venha a vencer, o que podemos tirar da história de Amanda Nunes? No meu ‘Top 3 Maiores Lutadoras de Todos os Tempos’, a baiana lidera em legado em qualidade. Na sequência, viriam Cris Cyborg e Valentina Shevchenko e, adivinhem: a ‘baianinha arretada já superou as duas. Em um dos casos, somou seu segundo cinturão no UFC.

Como questionar o talento e histórico de alguém que já superou adversárias que, em tese, poderiam superar suas facetas? Não tem jeito. Amanda Nunes já ganhou lenda e administrará o mesmo, independente de vitória, derrota ou empate. Pode ser nocauteada, finalizada ou dominada. Direi apenas que teve uma noite mal dormida. Se houver revanche, falarei novamente que foi um dia atípico.

Amanda está na história do esporte e para sempre estará lá. Me desculpe Irene Aldana. Mesmo que se confirme como campeã, você não será a melhor do mundo.

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