Em alta ou em baixa: após o adeus de Fedor, relembre como se aposentaram outros ícones do MMA

Fedor se despediu do MMA no Bellator 290. Foto: Reprodução/Instagram

Considerado por muitos com um dos maiores lutadores da história do MMA, Fedor Emelianenko teve uma nobre despedida da sua grandiosa carreira. No Bellator 290, o ‘Último Imperador’ calçou as luvas pela última vez e disputou o cinturão dos pesado (até 120,2kg.). Assim como o russo, vitoriosos ou não, outros ícones também puderam contar o marco da ‘luta final’. Alguns, deixaram o esporte com o reconhecimento merecido, outros, não tiveram o mesmo privilégio.

Além da aposentadoria de Fedor no sábado (4), o SUPER LUTAS, reuniu outros nomes da prateleira de lendas do MMA para relembrar os momentos finais das lutas que marcaram o fim de uma era.

A dança final do ‘Último Imperador’

Escalado para enfrentar o campeão Ryan Bader pelo título dos pesados, Fedor vinha em uma sequência de duas vitórias seguidas e buscava a vingança pela derrota sofrida pro norte-americano em 2019. Aos 46 anos, o lutador anunciou que essa seria sua última luta e arrastou uma multidão para presenciar o feito histórico. Aos olhos de nomes conhecidos do esporte como, Royce Gracie, Dan Henderson, Chuck Liddell e outros, o veterano buscou ser agressivo mas sucumbiu ao poder do campeão e foi novamente nocauteado. Ao fim do combate, seus colegas de trabalho subiram ao octógono e prestaram homenagens. Mesmo com a derrota, Fedor saiu ovacionado e com o sentimento de dever cumprido, se tornando o último imperador a lutar MMA.

O triste final de Anderson Silva no UFC

Aplaudido de pé e temido por todos em seu auge, Anderson Silva acabou tendo um desfecho inimaginável por aqueles que os viram ‘flutuando’ dentro dos octógonos que pisava. Após o memorável e duro nocaute sofrido para Chris Weidman em 2013, ‘Spider’ acabou complicando ainda mais seu psicológico quando quebrou a tíbia durante a aguardada revanche. Apesar de ter se recuperado e voltado aos combates, o brasileiro já não contava com a mesma confiança e a fé dos seus fãs. Vitorioso em uma das últimas seis lutas que fez, o UFC agendou a despedida do ícone para ser o combate principal de um Fight Night, enfrentando Uriah Hall. Naquela noite, durante a pandemia, Anderson não pôde contar com a torcida brasileira e foi protagonista de um evento não muito chamativo. Com o nocaute sofrido no quarto round, o brasileiro contou apenas com a TV para se despedir do esporte que reinou e foi referência durante muitos anos.

‘Rei do Rio’ se despede longe de casa

Embalado com três vitórias seguidas, José Aldo gerava as melhores expectativas para o fim da sua carreira. À espera de receber a segunda chance de disputar o cinturão peso galo do UFC, o brasileiro optou por fazer mais uma luta e cravar seu nome como principal desafiante do campeão. Considerado azarão nas casas de aposta, Aldo apresentava confiança e respeito antes da luta contra Merab Dvalishvili, nos Estados Unidos. Em combate apertado, o brasileiro foi superado na decisão unânime dos juízes e surpreendeu a todos com o anuncio de sua aposentadoria. A quatro meses da volta do Ultimate ao Rio de Janeiro, o brasileiro não hesitou e pendurou as luvas sem respirar o calor da torcida que tanto esperava por ele.

A promessa que finalizou o voos da ‘Águia’

Em grande momento na carreira, Khabib Nurmagomedov perdeu seu pai, Abdulmanap, maior mentor em sua trajetória nas artes marciais, a três meses de uma defesa de cinturão contra Justin Gaethje. Entre rumores e questionamentos, o lutador que estava abalado, manteve a sua presença garantida no evento. No UFC 254, a ‘Águia’ voou do Daguestão até Dubai e teve uma performance de gala diante do norte-americano e da arena lotada que o assistia. Após finalizar seu adversário, o lutador falou durante a última entrevista como combatente, que prometeu à sua mãe, que jamais iria lutar no MMA novamente. Emocionado, o russo foi aplaudido e reverenciado ao vivo e pelas redes sociais e encerrou sua carreira de maneira invicta.

O emocionante adeus de Glover Teixeira na cidade maravilhosa

Aos 43 anos, Glover Teixeira encerrou a carreira de maneira digna e emocionante. Lutando no Rio de Janeiro, diante de um público que estava vibrando e torcendo a cada golpe desferido, o atleta de Sobrália (MG) apresentou o que todos esperavam: garra, força e talento. Seu adversário, Jamahal Hill, 12 anos mais novo, não deu chances ao veterano e castigou com duros golpes durante 25 minutos. Sem desculpas, o mineiro enxergou que aquele era o melhor momento para encerrar sua carreira e abriu as portas para que o novo campeão pudesse também ter seus momentos de glória. Glover se aposentou e além do bônus de luta da noite, recebeu o carinho e respeito de todos que o admiravam e passaram a admirar.